Parte desse ouro se perdeu – em naufrágios, por exemplo – ou virou algo mais útil que joias, como partes de peças industriais ou componentes de circuitos. A estimativa é de que 122 mil toneladas do metal continuem circulando na forma de investimento ou de joias. Ou seja, um Rolex da vida pode ter um pouco de ouro que já foi parte de uma moeda do Império Romano e outro tanto que já foi o dente de ouro de um minerador do século XIX – e que teve o cadáver violado no cemitério por ladrões de dentes de ouro… Até as barras de ouro que o nosso Banco Central mantém como uma parte de suas reservas podem ter metal que já esteve na taça Jules Rimet.

Crash (Alexandre Versignassi)